O18Teatro Peça de 2009 Diz Júlio Dinis: "...Muito me admira, no entanto, que passados que são 150 anos (...)eu venha encontrar tudo na mesma em Portugal, ou seja, a mesma ganância, ânsia de poder e de dinheiro a mesma ausência de escrúpulos e perdoem-me a franqueza... a mesma cretinice.Só me resta esperar que tal como em “As duas cartas” o amor, esse sentimento universal que redime o ser humano se mantenha nos corações e tudo vença. Muito boa noite meus senhores e um bom espectáculo." Joaquim Guilherme Gomes Coelho(1839-1871) nasceu no Porto. Foi médico, professor e escritor. Foi à literatura que dedicou a maior parte da sua curta vida. Usou vários pseudónimos, sendo Júlio Dinis o principal. Notabilizou-se como Romancista mas é, por muitos, considerado um escritor de transição para o Realismo, demonstrando na sua obra uma grande preocupação com a descrição realista das aldeias e das pessoas, assim como dos seus problemas sociais. Produziu muitas obras de géneros diversos: teatro, poesia, contos e romances, documentos valiosos que retratam Portugal numa fase transições políticas e económicas, promovidas pelo regime liberal e que impulsionaram o estilo de vida da burguesia triunfante, nomeadamente, As pupilas do senhor Reitor (1867), Uma Família Inglesa (1868), Serões da Província (1870), Os Fidalgos da Casa Mourisca (1871), Poesias (1873), Teatro Inédito (3 volumes – 1946-1947) ESTREIAAuditório Lourdes Norberto, Linda-a-Velha 21 Abril terça-feira 21.30h2009
O 18 Teatro PEÇA 2011 TODOS ERAM MEUS FILHOS (1947)Arthur Miller(1915-2005) Sobre um Homem de negócios que lucra com a guerra, mas cujas acções destroem a sua família. Arthur Miller foi um dos maiores dramaturgos norte-americanos do século xx, ao lado de Eugene O´Neill e Tennesee Williams, tendo sido para muitos o melhor. As suas peças lançam um forte olhar sobre a fragmentação da sociedade americana da época. A sua vida foi tão dramática quanto as suas Peças. Arthur Miller nasceu, viveu e morreu em New York. Era filho de uma família de emigrantes judeus Polacos de classe média atinjida pela depressão nos anos 30. Escreveu peças tão poderosas quanto contundentes e viveu envolto nos seus próprios dramas, tendo sido o casamento tempestuoso com Marylin Monroe o maior deles todos. Miller nunca conseguiu apaziguar as memórias deste 5 anos de matrimónio com a Diva, especialmente as mais duras. "Um Homem é uma casa com 14 divisões - no quarto está a dormir com a sua mulher inteligente, na sala está enrolado com uma miúda de rabo ao leú, no escritório está a prencher o imposto, no quintal está a plantar tomates e na cave está a fazer uma bomba para rebentar com tudo."disse numa entrevista. Miller conquistou os prémios Tony (os óscares do teatro norte-americano), Pulitzer e o dos criticos de NY. Muitos apontaram-no, frequentemente, como candidato ao Nobel da Literatura, prémio que nunca viria a receber. As suas posições políticas chamaram a atenção do departamento de estado e do comitê de actividades anti-americanas, chegando mesmo a ficar sem passaporte e a ser condenado por desobediência. Peça atrás de Peça, Miller transformou-se na consciência do seu país, levando sempre para primeiro plano as questões sociais até então ignoradas. "É tão simples em estilo e tão inevitável na sua temática que mal parece uma coisa que foi escrita e representada, uma vez que Miller olhou com compaixão para dentro dos corações de alguns Americanos comuns e, sem alarde, transferiu as suas esperanças e angustias para o teatro" in New York Times. Escreveu dezenas de obras, nomeadamente 22 peças de teatro e 4 guiões cinematográficos. TODOS ERAM MEUS FILHOS foi o seu primeiro sucesso na Brodway. Trata-se da história de um empresário do ramo industrial que fabrica produtos para a Guerra, produtos esses que matam muitos soldados e que acabam por conduzir o seu próprio filho ao suicídio. Foi esta Peça que fez com que Kevin Spacey, nos tempos do liceu, tomasse a importante decisão do que queria fazer na vida... ser actor.
ACTORES:Alexandre Barreto, Diogo Cardoso, Isilda Paulo, Jorge Aurélio, Lia Jacobsohn, Mouzinho Arsénio, Paula Neto, Vitor Cardoso.
CENA:Paulo Jorge, Vitor Correia, David Silva ENCENAÇÃO e ADAPTAÇÃO:Isilda Paulo GRAFISMO:CMO
LUZ:Rui Machado e Miguel Estanislau SOM:David Silva
VOZ:Reinaldo Serrano, Joaquim Franco. ARTISTA PLÁSTICA (Exposição):Sofia Meneses APOIO:CMO
"No Teatro descobri que existem duas realidades, mas a do palco é muito mais real"
27 Março
Dia Mundial do Teatro Dia de estreia deste Blog BENVINDOS AO TEATRO
Quem Somos
A Associação 18 de Maio teve sempre muito carinho pelo Teatro e tem patrocinado esta actividade com a ajuda da Câmara Municipal de Oeiras. Vários jovens moradores no Bairro têm pertencido a este Grupo de Teatro que por si só tem feito muito pela evolução cultural e integração racial, tentando menorizar alguns dos problemas desta localidade. História mais recente das Peças levadas a cena pelo grupo: 2003 "COMÉDIA MUSICAL A PRETO E BRANCO" tratava-se duma comédia de integração racial em que pela primeira vez se conseguiu no bairro da Outurela juntar no palco e na assistencia negros, brancos e ciganos. Foi uma autêntica vitória para o bairro social que lutava e ainda luta com imensos confrontos raciais. O texto incidia sobre as diferenças das raças e a possibilidade de aproximação das mesmas. 2004 "O GATO BONIFÁCIO" peça infantil com mistura de vários contos infantis que tentava alertar para a preservação do ambiente e exaltava o amor aos animais. Veio na sequência dum workshop de expressão dramática e interpretação ministrado pela encenadora Isilda Paulo à população jovem do Concelho. 2005 "CAFÉ MAGIC" comédia de situações em que se tentava o humor non sense e abordava os problemas sexuais dos jovens, o emprego, os afectos etc. 2006 "NUNCA MAIS BATEM À PORTA" foi a abordagem do drama, uma muito experimental tentativa de conseguir que alguns jovens interiorizassem minimamente afectos e emoções. 2007 "A VERDADEIRA HISTÓRIA DA FORMIGA" Peça Infantil com texto surrealista e muito acting. Houve boa adaptação dos jovens, que se entusiasmaram com as cenas , abordando, com bons resultados, as técnicas de expressão dramatica aprendidas. 2008 Nova Fase - Com o crescimento dos jovens, as suas vidas modificaram-se e alguns, por motivos profissionais e de estudo, deixaram o grupo. Formou-se então um novo elenco, mais amadurecido com alguns elementos antigos e outros recrutados para o efeito. Houve a preocupação de escolher actores com alguma experiência e formação. Com este novo elenco pôs-se em cena em Abril de 2008 o seguinte trabalho: "7 PEÇAS CURTAS" um espectáculo que engloba 7 estilos de teatro e que passou por várias salas dos concelhos de Oeiras, Setubal, Sintra e de Santarém. 2009 "DUAS CARTAS" de Júlio Dinis com estreia incluida na Mostra de Teatro de Oeiras, evento promovida pela Câmara Municipal.
“Como encenadora e responsável pelo Grupo tenho o maior orgulho em ter apresentado um trabalho que considero equilibrado e satisfatório. Tenho também orgulho em todo o trabalho desenvolvido até aqui, acho que esta magnífica arte da palavra que é o Teatro tem modificado, tocado e ajudado os que a praticam e amam, dou portanto por muito bem empregue o meu esforço. Viva o Teatro” (Isilda Paulo)
Temporada 2009
ACTORES Alexandre Barreto Daniela Nunes Diogo Cardoso Isilda Paulo Jorge Aurélio Mafalda Jacinto Marta Baydek Mouzinho Arsénio Sónia Santos Victor Cardoso ADEREÇOS Vitória Vera CENA Paulo Jorge, Vitor Correia, David Silva ENCENAÇÃO Isilda Paulo LUZ Miguel Estanislau SOM David Silva PRODUÇÃO Associação Moradores 18 Maio Outurela AGRADECIMENTOS Luisa Jourdain, Sofia Meneses APOIO Câmara Municipal de Oeiras